Usuários das rodovias temem ir à luta e nunca mais voltar.
A BR-040 é uma rodovia federal do Brasil. O ponto inicial da rodovia fica localizado em Brasília (DF), e o ponto final no Rio de Janeiro (RJ). Ela passa por trechos do Distrito Federal e pelos estados de Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro, sendo a principal ligação rodoviária entre essas unidades federativas e atualmente sob concessão da empresa VIA 040 concessionária responsável pela BR tem como objetivo operar de forma a garantir a segurança e atendimento 24 horas aos seus usuários, por meio de suas 21 bases de atendimento já implantadas, disponibilização dos serviços de socorro médico e mecânico, além da realização de serviços de conservação, sinalização, manutenção do pavimento e inspeção da rodovia. Apesar de não ser considerada uma das piores do Brasil, essa BR tem sido alvo de grande desgosto por parte de quem transita.
“Estamos pagando pedágios e as estradas continuam ruins, cheias de buracos, sem sinalização de qualidade, com graves acidentes.” Diz Marcelo Vieira, dono de uma empresa de transportes que transita diariamente pela 040.
“Muitos motoristas reclamam de pagar pedágio, mas a BR 040 é uma das rodovias mais perigosas do Brasil, são milhares de vidas perdidas todos os anos em acidentes. Só que com esse dinheiro investido nas vias, acidentes certamente diminuirão e poderemos trafegar em uma estrada mais segura.” Afirma João Carlos caminhoneiro da empresa BVC.
Por ser o principal meio de transporte de cargas e de passageiros do Brasil, os investimentos do governo federal em infraestrutura rodoviária representavam (entre 2004 e 2016) 71,64% do total de aportes. Mas após a crise de 2014 esses investimentos regrediram drasticamente. Segundo Ulisses Cruz, diretor do SETCEMG a crise de 2014 colaborou, entretanto um dos principais motivos da queda de aplicações nos dias de hoje é a corrupção.
“Operamos muito na região Sudeste do país, mas é sabido o estado de não conservação das estradas brasileiras em diversas localidades. Trabalhar nesse cenário é penoso. O custo do transporte aumenta em função de manutenções e consertos, e o valor não é repassado. O resultado é que as transportadoras estão definhando, operando no limite.”